O POVO PAULISTA ESTÁ CANSADO DOS SOFISMAS E MENTIRAS DO GOVERNO ALCKMIN SOBRE O RACIONAMENTO

A decisão muito acertada da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da oitava vara da Fazenda Pública, de deferir pedido de liminar da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), impedindo a SABESP de cobrar sobretaxa nas tarifas de água, sem que haja a declaração formal de racionamento, teve ainda o mérito de obrigar o Governador a reconhecer publicamente a existência do RACIONAMENTO de água em São Paulo e diminuir a pressão de água em toda a rede. O pânico governamental tardio se explica, não por um ataque de sinceridade dos tucanos, mas pelo reconhecimento de que, mantido o atual regime de chuvas, o Sistema Cantareira secará completamente no mês de março.

A verdade é que o governo Alckmin mostrou, além de incompetência e de adesão à lógica privatista, total falta de planejamento estratégico para a demanda do precioso líquido, política pública de reuso, armazenamento e educação para o uso racional da população, dentre outros. Para não receber o impacto político do racionamento durante o processo eleitoral, mentiu e adiou decisões que seriam vistas como impopulares antes e depois das eleições, confiando apenas em São Pedro. E, agora, dizem que São Pedro erra o alvo das chuvas. Seria cômico se não fosse trágico!

Apanhado na mentira, o Governador Alckmin disse que "é óbvio que há racionamento" em São Paulo, pois a captação no Cantareira foi de 33m³/s para 17m³/s. O espanto dos jornalistas foi o mesmo dos milhões de cidadãos que vem sofrendo com a falta de água por longos meses, ouvindo a ladainha desde março do ano passado de que há apenas ajustes e diminuição da pressão em áreas restritas.

Como não há obras novas à vista, como afirmado pelo atual Secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, eis que o único plano governamental é economizar água, pedindo que os consumidores consumam menos. Levando em conta que o Cantareira, quando funcionando plenamente, atende a 9 milhões de pessoas, com o seu esgotamento (se confirmado para março), estaremos em situação de calamidade pública.

É difícil imaginar o impacto social, econômico e político dessa situação para os cidadãos principalmente, mas também o grande impacto no comércio, serviços e na indústria. Mas o governo Alckmin sabe que enganou demais a população paulista com a privatização da SABESP visando lucro, sem políticas públicas com visão de futuro já citadas, colaborando com uma política de desmatamento, destruição de matas ciliares, violação do meio ambiente e das áreas de mananciais, sancionando recentemente lei aprovada pela Assembléia Legislativa de São Paulo sobre a regulamentação do Código Florestal em conluio com o agronegócio. Alckmin sabe que seu estoque de sofismas e embustes está se esgotando. Assim como a paciência dos milhões de prejudicados.

Ivan Valente



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