"Me espelho na estética do boneco. Sou perfeccionista". |
Num mundo em que tantos
querem ser mais humanos, há pessoas que veem nos bonecos de brinquedo
uma verdadeira fonte de inspiração
para ser e existir. Pelo menos em se tratando de aparência. Tais figuras
intituladas “bonecos e bonecas humanas” ganham espaço na mídia mundial,
atraem
olhares e apelam para inúmeros tratamentos estéticos [e também para a
edição de imagens]. No Brasil, um paulistano de 20 anos acaba de ser
considerado o
primeiro “Ken humano” brasileiro. Título inusitado que recebeu após a
participação no
programa “Balanço Geral”, da TV Record, e que já é motivo de orgulho.
O Ken brazuca chama-se Celso Santebañes, um rapaz bonito, alto, assumidamente narcisista e que leva nas mãos um boneco
que mais parece a sua miniatura - ou seria o contrário? Em entrevista exclusiva ao NLucon, ele afirma
que a ideia de se tornar um “boneco humano” começou há quatro anos, quando
várias pessoas passaram a chamá-lo de bonequinho. “Eu achava um máximo, até que
certo dia, me olhando no espelho, percebi que eu era igual ao boneco Ken da
minha prima. Desde aí começou essa obsessão por ser um boneco”.
Entre os tratamentos de beleza, que já custaram mais de R$ 20 mil, colocou prótese de silicone masculina no peito, fez rinoplastia, almeja fazer lipoaspiração e lixar a testa. Celso afirma que não vê problemas na sua ficção pela aparência, mas revela que já deixou de sair de casa para ficar se olhando no espelho. “Minha família não aprova muito, porque acabo chamando muita atenção. Meus amigos acham o máximo”, conta ele, que passou a ter seguidores no Facebook e Twitter e a ser reconhecido na rua.
A vaidade é tamanha que Celso desdenha do antecessor, a versão norte-americana do boneco humano Ken, Justin Jedlica, que se submeteu a mais de 90 cirurgias. “Ele está mais para um E.T., lembra o Clodovil com os seus 30 e poucos anos. Na boa, sem querer me achar, mas sou mil vezes eu”. Pelo menos na enquete do site do Balanço Geral, Celso vence a preferência do público com 89,42% dos votos contra 10,58% do norte-americano.
Celso com o boneco Ken e ao lado do apresentador Luiz Bacchi.
Ao comentar os rumores de que
o boneco da ficção seja gay, ele nega. “Não é, o Ken é casado com a Barbie”. Mas ao
falar sobre a própria sexualidade, o jovem despista: “Não falo sobre a minha
sexualidade e nada da minha vida pessoal”. O que o “boneco humano” entrega é que depois da exposição o
assédio passou a vir de homens heterossexuais. “O
assédio aumentou e os héteros ficam meio na dúvida quando me veem [risos]. Eu
mexo com eles, com a sexualidade deles e já recebi cantadas do tipo: ‘Nossa,
nunca senti atração por homem, mas sua beleza é incrível e eu ficaria com você ‘
[risos]”, diz o belo, que está solteiro.
“Sou tão vaidoso que namoro comigo mesmo”.
“Sou tão vaidoso que namoro comigo mesmo”.
Mas, afinal, embora
cada pessoa deva ter a liberdade sobre o próprio corpo, qual é o sentido
de ser um Pinocchio às avessas, ou seja, um boneco humano? “Não é
bem assim. Eu não quero ser um boneco, quero ser um humano quase
perfeito. E a Barbie e o Ken contemplam esse desejo de beleza perfeita.
Não sou louco, não sou de plástico, me espelho é na estética do boneco”,
explica ele, que também se inspira na beleza do ex-BBB Jonas Sulzbach.
“Cuido da alimentação, uso cremes para a pele, vou a academia e faço
diversos tratamentos estéticos. Não vou ficar artificial, ao contrário,
sou perfeccionista”.
Atualmente, o Brasil faz
900 mil cirurgias plásticas por ano [Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica Estética]. Vale lembrar que as medidas de Ken e Barbie
são bem distantes das apresentadas pelas mulheres e homens medianos, e
são alvos de críticas pela ideia de um corpo impossível de ser
alcançado, que pode criar a obsessão.
Os próximos passos de Celso é
encontrar a ucraniana Valeria Lukyanova [a Barbie humana mais famosa do mundo],
conseguir ser escalado para o reality show A Fazenda, da Record, e se lançar
como cantor de música eletrônica. “Estamos preparando a gravação em breve e já estou sendo sondado para um reality show. Mas
aproveito para mandar um super beijo para todos que torcem por mim e que
aguardam novidades. Para quem duvida da minha capacidade, só digo uma coisa: beijo
no ombro [risos]”.
Realmente, um Ken made in Brasil em tempos de bonecos humanos.
por Neto Lucon
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