Pelo financiamento público das campanhas eleitorais


Acabou a discussão sobre o sistema eleitoral e estamos votando agora a votação sobre o financiamento de campanha. Tem duas alternativas, com diversas variações e nuances: que a campanha seja financiada pelas empresas que patrocinam candidatos (e depois recebem muito, muito mais em troca) ou que essa forma de corrupção institucionalizada seja proibida.

Nós do PSOL somos contra o financiamento empresarial de campanha. Defendemos o financiamento público (estatal) dos partidos e as contribuições individuais de pessoas físicas (cidadãos e cidadãs) com um limite razoável para as doações individuais que faça com que as campanhas sejam mais baratas e que nenhuma contribuição individual tenha um peso relativo importante no total do financiamento de um candidato ou partido. O financiamento através de pessoa jurídica (empresas e outras entidades) deve ser proibido!

Nas últimas eleições, 326 parlamentares tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras (nenhum do PSOL!). E, entre eles, 255 receberam dinheiro das envolvidas na operação "lava-jato". Façamos as contas. Os candidatos das empreiteiras são maioria no Congresso! Dentre eles, 70 deputados e 9 senadores são citados nas investigações. Inclusive o presidente da Câmara, Eduardo Cunha!

O financiamento empresarial das campanhas favorece esse esquema e prejudica os que não querem fazer parte dele. Eu fui o sétimo deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro, com 144.770 votos, e a receita total da minha campanha foi de 70, 892.08 mil reais em doações de pessoas físicas, sendo que, destes, 14 mil correspondem a trabalhos de voluntários. Não recebi (e nem quero!) um centavo das empreiteiras, ou de qualquer outro tipo de empresas que "investem" em candidatos "patrocinados".

Agora vou dar um exemplo contrário: deputado Eduardo Cunha, que teve 232.708 votos e foi o terceiro mais votado do estado, declarou uma receita de mais de 6,8 milhões de reais! Sim, você leu bem: quase 7 milhões. Os diretórios nacional e estadual do PMDB, seu partido, que também doou dinheiro para ele, receberam "ajuda" da OAS (3,3 milhões), da Queiroz Galvão (16 milhões), da Galvão Engenharia (340 mil) e da Odebrecht (8 milhões). O PMDB governa o estado que dá a algumas dessas empreiteiras obras públicas milionárias. Isso sem falar dos bancos, empresas de mineração, shoppings e outros empreendimentos que depositaram na conta de Cunha.

Vocês percebem como o é injusto e antidemocrático que um candidato honesto, que conta apenas com doações de amigos, militantes e simpatizantes, deva concorrer contra outro que recebe quase 7 milhões de bancos e empreiteiras? Vocês percebem como isso faz com que nosso poder, eleitor, seja cada vez menor, e com que o poder da grana se imponha cada vez mais?

Acabou a discussão sobre o sistema eleitoral e estamos votando agora a votação sobre o financiamento de campanha. Tem duas alternativas, com diversas variações e nuances: que a campanha seja financiada pelas empresas que patrocinam candidatos (e depois recebem muito, muito mais em troca) ou que essa forma de corrupção institucionalizada seja proibida.

Nós do PSOL somos contra o financiamento empresarial de campanha. Defendemos o financiamento público (estatal) dos partidos e as contribuições individuais de pessoas físicas (cidadãos e cidadãs) com um limite razoável para as doações individuais que faça com que as campanhas sejam mais baratas e que nenhuma contribuição individual tenha um peso relativo importante no total do financiamento de um candidato ou partido. O financiamento através de pessoa jurídica (empresas e outras entidades) deve ser proibido!

Nas últimas eleições, 326 parlamentares tiveram suas campanhas financiadas por empreiteiras (nenhum do PSOL!). E, entre eles, 255 receberam dinheiro das envolvidas na operação "lava-jato". Façamos as contas. Os candidatos das empreiteiras são maioria no Congresso! Dentre eles, 70 deputados e 9 senadores são citados nas investigações. Inclusive o presidente da Câmara, Eduardo Cunha!

O financiamento empresarial das campanhas favorece esse esquema e prejudica os que não querem fazer parte dele. Eu fui o sétimo deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro, com 144.770 votos, e a receita total da minha campanha foi de 70, 892.08 mil reais em doações de pessoas físicas, sendo que, destes, 14 mil correspondem a trabalhos de voluntários. Não recebi (e nem quero!) um centavo das empreiteiras, ou de qualquer outro tipo de empresas que "investem" em candidatos "patrocinados".

Agora vou dar um exemplo contrário: deputado Eduardo Cunha, que teve 232.708 votos e foi o terceiro mais votado do estado, declarou uma receita de mais de 6,8 milhões de reais! Sim, você leu bem: quase 7 milhões. Os diretórios nacional e estadual do PMDB, seu partido, que também doou dinheiro para ele, receberam "ajuda" da OAS (3,3 milhões), da Queiroz Galvão (16 milhões), da Galvão Engenharia (340 mil) e da Odebrecht (8 milhões). O PMDB governa o estado que dá a algumas dessas empreiteiras obras públicas milionárias. Isso sem falar dos bancos, empresas de mineração, shoppings, planos de saúde e outros empreendimentos que depositaram na conta de Cunha.

Vocês percebem como o é injusto e antidemocrático que um candidato honesto, que conta apenas com doações de amigos, militantes e simpatizantes, deva concorrer contra outro que recebe quase 7 milhões de bancos e empreiteiras? Vocês percebem como isso faz com que nosso poder, eleitor, seja cada vez menor, e com que o poder da grana se imponha cada vez mais?

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