Intersexualidade e Hermafroditismo não possui nenhuma relação com a transexualidade.


O hermafroditismo sendo uma anomalia sexual pouco conhecida, sendo um distúrbio morfológico e fisiológico das gônadas sexuais de um indivíduo, que simultaneamente manifesta estrutura tecidual testicular e ovariana, por análise do cariótipo é sabido que não se trata de uma síndrome genética (mono ou trissomia halossômica), relacionada aos cromossomos sexuais X ou Y. No entanto, pode estar associado a uma ocorrência de dispermia, havendo fecundação normal (espermatozóide e ovócito de segunda ordem – óvulo) e outra fecundação paralela anômola (espermatozóide e um glóbulo polar – óvulo não diferenciado, em tese, inativo).


O hermafroditismo é o aparente aspecto externo da genitália masculina, quando coexistentes testículo e ovário. Nas demais situações, com duas ovotetis e gônada, a genitália possui aspecto feminino, naturalmente, os indivíduos portadores dessa anomalia somente revelam o hermafroditismo durante a puberdade, desencadeando transtornos psicossociais quando descoberto, dependendo do tipo anatômico aparente, o período de amadurecimento corpóreo, pode devido a estímulos hormonais, iniciar: o processo menstrual, bem como a ginecomastia (crescimento das mamas) em indivíduos criados como se fossem homens; e falha menstrual, crescimento do clitóris e surgimento de pêlos nos indivíduos criados como se fossem mulheres.



Intersexo é o termo que se usa atualmente para o que antes era chamado de “hermafrodita”. É algo diferente de uma pessoa trans. Um indivíduo intersexo não é nada mais que alguém que nasceu com características físicas que não permitem que se defina seu sexo biológico claramente como homem ou mulher. Taylor, por exemplo, nasceu com um pênis, mais sem testículos, e com um útero, mais sem ovários, esse fenômeno que ocorre naturalmente e não é tão raro assim. Estudos estimam que 1 de cada 100 bebês nascem com corpos que “diferem dos padrões estritamente masculinos ou femininos”.
 Estima-se também que 1 ou 2 de cada 1000 indivíduos intersexo passam por cirurgias para modificar a aparência de seus genitais, quando as pessoas intersexo decidem com qual gênero se identificam? A Sociedade Intersexo da América do Norte recomenda que se trate cada caso individualmente de acordo com cada paciente, escolhendo-se um gênero depois do nascimento e permitindo que a criança desenvolva-se física e emocionalmente antes de decidir se quer passar por uma cirurgia para tornar sua genitália mais distintamente feminina ou masculina. (Muitos indivíduos intersexo optam por não realizar essa cirurgia.).


Usando novamente o exemplo de Taylor Chandler, ao nascer ela foi batizada David Roy Fitch. Mas, como ela mesma relatou, “assim que consegui andar e falar eu deixei claro que era uma menina, e me vesti como tal. No começo da adolescência  eu recebi o diagnóstico médico como intersexo, começando a tomar bloqueadores de testosterona, e aos 15 anos entrou num tratamento de estimuladores de estrogênio. Minha certidão de nascimento foi alterada assim como meu nome ainda durante a adolescência, antes de qualquer cirurgia corretiva.” Declarar que um indivíduo intersexo “nasceu homem” ou “nasceu mulher” não apenas é errado, é também uma falta de respeito. Apesar da história de indivíduos intersexo terem pontos em comum com as de indivíduos trans, elas não são a mesma coisa. Assim como qualquer outra minoria sexual, pessoas intersexo não têm a obrigação de compartilhar todos os detalhes de seu passado. Sua identidade de gênero é sua escolha individual, assim como para quem ela decide contar essas informações.

A Síndrome de Turner (XO)



As mulheres a terem algumas deficiências, entre elas, perdem a capacidade de engravidar, e, embora os portadores costumem ter aspecto feminino, nesse caso específico o portador do distúrbio também sofria de CAH, que provoca um aumento dos hormônios masculinos e gera uma aparência masculina, Com barba, um pequeno pênis, mas sem testículos, o paciente, um chinês órfão nascido no Vietnã, havia considerado durante toda a vida ser um homem, relata a revista médica Hong Kong Medical Journal.

Homem de 66 anos descobre em check-up ser biologicamente uma mulher sendo considerado durante toda a vida como sendo um homem

Um homem de 66 anos que foi a um hospital de Hong Kong aflito com um inchaço no abdômen recebeu uma impactante notícia: ao passar por um check-up, o diagnóstico apontou que se tratava de um cisto no ovário, já que, biologicamente, ele é uma mulher, segundo publicou no jornal local South China Morning Post (SCMP), a confusão se deve a uma condição muito rara que é a combinação de dois distúrbios genéticos: a síndrome de Turner e a hiperplasia congênita adrenal (CAH).
“É um caso muito interessante e muito raro de duas síndromes combinadas. É provável que não surja outro semelhante em um futuro próximo”, conta à publicação o professor em pediatria Ellis Hon Kam-lun.

É uma monossomia na qual os indivíduos afetados exibem sexo feminino mas geralmente não possuem cromatina sexual. O exame de seu cariótipo revela comumente 45 cromossomos, sendo que do par dos cromossomos sexuais há apenas um X; dizemos que esses indivíduos são XO (xis-zero), sendo seu cariótipo representado por 45 X. Muitas dessas concepções terminam em aborto; é provável que 97% desses conceitos sejam eliminados chegando a termo apenas 3%, de modo que essa monossomia constitui uma das causas mais comuns de morte Intra-uterina. Por isso é uma anomalia cromossômica rara, atingindo apenas 1 entre 3000 mulheres normais. Trata-se, fundamentalmente, de mulheres com disgenesia gonadal, isto é, cujos ovários são atrofiados e desprovidos de folículos; portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis, em cujos ovários certamente há alguns folículos.



Devido à deficiência de estrógenos elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, têm amenorréia primária). Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; infantilismo genital – clitóris pequeno, grandes lábios despigmentados, escassez de pelos pubianos; pelve androide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo e em forma de barril; alterações cardíacas e ósseas. No recém-nascido frequentemente há edemas nas mãos e nos pés, o que leva a suspeitar da anomalia.

As primeiras observações realizadas com indivíduos severamente afetados associavam a síndrome de Turner algum grau de deficiência mental. Posteriormente ficou evidente que estas pacientes têm um desenvolvimento cognitivo alterado apenas qualitativamente, pois elas possuem uma inteligência verbal superior à das mulheres normais, compensando, assim, as suas deficiências quanto à percepção forma espaço. Disto resulta que o nível intelectual global das Turner é igual ou, mesmo, levemente superior ao da população feminina normal.


Por outro lado, não exibem desvios de personalidade, o que significa, inclusive, que sua identificação psicossexual não é afetada.  Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógenos para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.


A síndrome de Turner é bastante rara e ao contrário da síndrome de Klinefelter afeta apenas indivíduos de sexo feminino e não possui cromatina sexual, são monossomicos, ou seja, em exames de seu cariótipo revelou a presença de 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X. Sendo seu cariótipo representado por 45,X, ela ocorre em apenas 1 mulher entre 3.000 nascimentos, devido ao grande número de abortos que chega ao índice de 90-97,5%), o surgimento da síndrome pode surgir quando esta ausente o cromossomo x paterno no espermatozoide, meninas com esta Síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. A constituição cromossômica mais frequente é 45, X sem um segundo cromossomo sexual, X ou Y.

Os sintomas da síndrome de Turner podem variar significativamente. Isso depende principalmente do resultado do cariótipo se paresenta mosaicismo ou a alteração é em todas as células. Veja:


No momento do nascimento ou durante a infância

  • Pescoço largo
  • Retrognatismo (mandíbula não proeminente)
  • Palato bucal alto e estreito
  • Pálpebras caídas
  • Olhos ressecados
  • Pouco cabelo na parte de trás da cabeça
  • Peito largo, com mamilos amplamente espaçados
  • Dedos curtos
  • Orelhas salientes para fora, e/ou para baixo, podendo girar na direção da garganta linha de cabelos
  • Braços que dobram para fora na altura dos cotovelos
  • Unhas estreitas que viram para cima
  • Inchaço das mãos e pés, especialmente ao nascer
  • Estatura abaixo da média
  • Retardo do crescimento
  • Escliose
  • Pés chatos
  • Quarto metacarpo curto (osso na mão por baixo da junta)

Na adolescência e juventude

Em alguns casos, a presença de síndrome de Turner pode não ser facilmente perceptível. Sinais e sintomas em crianças mais velhas, adolescentes e jovens que podem indicar a síndrome de Turner incluem:
  • Ausência de surtos de crescimento, às vezes esperados na infância
  • Baixa estatura, com uma altura adulta de 20 centímetros a menos do que se poderia esperar de um membro feminino da mesma família
  • Dificuldades de aprendizagem, principalmente quando envolve conceitos espaciais ou matemática, embora a inteligência seja geralmente normal
  • Dificuldade em situações sociais, como problemas em entender as emoções ou reações de outras pessoas
  • Devido à falência ovariana, podem não ocorrer as mudanças típicas da puberdade como nascimento de pelos e crescimento de seios
  • Antecipação do fim ciclos menstruais
Na maioria dos casos, incapacidade de conceber uma criança sem tratamento

A síndrome de Turner pode afetar o bom desenvolvimento de vários sistemas do corpo. Pode ocorrer uma série de complicações, incluindo:
  • Problemas cardíacos
  • Risco aumentado para diabetes e hipertensão
  • Perda de audição
  • Problemas renais
  • Doença inflamatória intestinal
  • Desenvolvimento deficiente ou anormal dos dentes pode levar a um maior risco de perda do dente
  • A forma do céu da boca e do maxilar inferior pode resultar em uma mordida mal alinhada
  • Infertilidade ou, se ocorrer, gravidez de risco
  • Dificuldades de aprendizagem
  • Maior risco de déficit de TDAH.
via Magazine Trans 
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