Agora falando sério (mas, nem tanto, mestre)
Euzinho aqui, um canhestro sopedâneo, e porque não sei cargas d´aguas me tornei Antropólogo pelas universidades do Rio de Janeiro e Federal de Pernambuco, até agora não li em nenhum escrito seja crítico, acadêmico, jornalístico, científico ou cordelista sobre se procede essa ideia verbalizada pela turma ladista, ou petista, ou de esquerda, ou bolivariana de que há um ódio de uma certa elite branca que governa com toda a força os destinos desse Brasil velho de guerra contra o partido ora no poder e suas circunstâncias. Ora, se eu ponho como imperativo categórico que há de fato uma elite branca fazendo esse jogo sujo nas coisas do Brasil, teria que colocar isto como uma antinomia a uma certa elite negra que anda sufocada pelo procedimento nada republicano da elite branca. Isto porque, na política, como na Antropologia, é pelo método comparativo que se descobre e firma as diferenças. E, bicho, há no Brasil uma elite negra? Até quando vamos tratar as mazelas desse país, que não sabe pronde vai, do ponto de vista da raça? Querer responsabilizar as dificuldades de um governo que por uma ordem sucessivas de erros – alguns primários – a uma questão de raça, peraí, se não euzinho aqui vou de vez simbora pra Minguiriba. Todos sabemos que no Brasil há um preconceito à brasileira - já muito divulgado pelo eminente antropólogo Roberto DaMatta - que nunca foi de raça, mas social. O que nos marca não é a cor da pele mas o quanto ganhamos, o quanto temos financeiramente. Eu lhe faço uma perguntinha bem fácil de responder: O rei do futebol Pelé, no contexto social brasileiro – entenda – é branco ou negro? A questão é que a nossa sociedade é altamente hierarquizada socialmente e que pobres, sejam negros ou brancos, não têm vez. Só pra terminar e pra deixar você ladista doidinho, doidinho, lhe pergunto: o Dr. Joaquim Barbosa é branco ou negro do ponto de vista – me entenda – que estou descrevendo?
Pensa que é? É de cavalo!
José Nilton de Figueiredo
0 comentários:
Postar um comentário