PM prende skinhead condenado por jogar jovens de trem em movimento

Juliano de Freitas foi detido na tarde desta segunda (9) em Mogi.
Crime foi em 2003; um jovem morreu e o outro teve um braço decepado


  A Polícia Militar de Mogi das Cruzes (SP) prendeu nesta segunda-feira (9) Juliano Aparecido de Freitas, condenado em 2011 por ter obrigado dois jovens a saltar de um trem em movimento na Estação de Brás Cubas, também em Mogi, em dezembro de 2003. De acordo com a polícia, Freitas cumpria pena em liberdade até que todos os recursos fossem julgados. Em novembro a Justiça expediu um mandado de prisão contra Freitas e ele passou para a condição de procurado.

Além dele, outros dois homens foram condenados pelo crime, mas seguem em liberdade. Os três, vestidos como skinkeads, obrigaram dois jovens a saltarem de um trem em movimento. As vítimas usavam cabelos moicanos e camisetas de bandas punks. Segundo a promotoria, os agressores teriam implicado com as roupas usadas pelas vítimas. Um jovem morreu e o outro teve um braço amputado.

  De acordo com a tenente Cristiane Soares, responsável pela prisão de Freitas, o rapaz foi localizado quando deixava a casa de sua mãe, na Rua General Osório, distrito de César de Sousa. "Nós elaboramos uma operação para prendê-lo. A casa da mãe foi cercada. Quando ele saiu perguntamos o apelido e ele acabou dizendo Dumbão", explicou a PM

Juliano foi condenado a 24 anos e 6 meses de reclusão, em maio de 2011. O mandado de prisão foi expedido no antigo Fórum de Brás Cubas pela juíza Ana Carmem de Souza Silva: "O mandando de prisão foi emitido em novembro e é válido até 2034", explicou a PM

  O advogado de acusação, Paulo Passos, informou que com a prisão os outros condenados pelo crime que estão em liberdade poderão ser presos. "A tendência é que nos próximos meses saia o mandado de prisão para os outros dois", conta.

Juliano Aparecido de Freitas foi condenado em 2011 em caso que chocou Mogi das Cruzes (Foto: Jamile Santana/G1)

O advogado de Freitas, Adriano Hisao Moysés Kawasaki disse nesta segunda (9) que já tinha entrado com um pedido de garantia de integridade física para o seu cliente. "Assim que fosse preso, um ofício seria expedido ao delegado responsável para garantir a segurança dele", explica.

A vítima Flávio Cordeiro, que perdeu um dos braços ao ser jogado para fora do trem naquela noite, ficou satisfeito ao saber da prisão. "Depois desse tempo posso dizer que, mesmo lentamente, a justiça começa a ser feita", diz.

Outros envolvidos

Em dezembro de 2003, Juliano Aparecido Freitas, o Dumbão, Vinícius Parizatto, o Capeta, e Danilo Gimenez Ramos teriam obrigado Flávio e Cleiton a pular de um trem em movimento.
Juliano Aparecido Freitas foi condenado a 24 anos e 6 meses de reclusão, em maio de 2011. Vinícius Parizzato, julgado em setembro de 2011, recebeu pena de 31 anos, 9 meses e 3 dias de reclusão. O último a ser julgado foi Danilo Gimenez Ramos, que foi condenado a 26 anos, oito meses e 25 dias.

Segundo os jovens, um grupo de garotos, tidos como skinheads, entrou no vagão. As vítimas usavam cabelos moicanos e camisetas de bandas punks.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, os três acusados gritaram "ou pula ou morre" para as vítimas. As agressões foram filmadas pelas câmeras de segurança da CPTM, que registraram o desespero das vítimas. Com medo de serem mortos, os jovens pularam do vagão em movimento.

No dia do crime, os três estavam vestidos com jaquetas, coturnos, e calças com detalhes militares. Além das roupas, o grupo de amigos estava armado com machadinha e tchaco (instrumento de dois bastões ligados por uma corrente).

O processo contra os réus foi desmembrado e cada um responde aos crimes em separado. Todos os acusados negam os crimes e alegam que os jovens saltaram do trem por vontade própria.



visto no G1 
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