A encenação foi feita pela musa transex Viviany
Beleboni com o objetivo de chamar a atenção para o sofrimento que
passam os LGBTs
A 19ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) de São Paulo,
realizada no domingo, 7, reuniu pessoas de diversos perfis e idades nas
ruas da região central da capital. Uma foto de uma jovem transexual
crucificada, representando Jesus Cristo, no entanto, revoltou
internautas, que denunciaram desrespeito à fé cristã.
“Que
tristeza ver essa imagem! O que Jesus tem com isso? Quanto deboche!
Quanta falta de respeito, meu Deus! Tenho muitos amigos gays, adoro
todos e respeito a opção de cada um, não vamos generalizar, mas
desrespeitar quem 'deu a vida por você' já passou dos limites! Muito
triste isso... Onde vamos parar com isso? Quem fez isso trate de pedir
perdão a Jesus...”, escreveu Léo Moura, ex-flamenguista que em 2012 foi
batizado na Igreja Evangélica.
O deputado Marco Feliciano,
pastor de catedral ligado à Assembleia de Deus, questionou a
performance. Em sua conta oficial no Instagram, ele disse que são
"imagens que chocam, agridem e machucam". "Não sou católica, mas meu
coração cortou ao ver todas essas fotos! Nossa, não tem necessidade uma
coisa dessa", escreveu uma internauta identificada como Lais Machado.
A encenação foi feita pela musa transex Viviany Beleboni com o objetivo
de chamar a atenção para o sofrimento que passam os LGBTs de todo o
Brasil. Nas redes sociais, houve comparação da imagem com à da capa da
revista Placar, que trouxe Neymar retratado como Jesus Cristo, com o
título: "A crucificação de Neymar". ''Não lembro de ter visto vocês
chorarem tanto quando saiu essa capa aqui", disse Rubinho Martins, um
dos usuários da rede social.
''Mas por qual motivo isso é desrespeitoso? Creio sim em Jesus, e tenho a
imagem dele como alguém que sofreu com o julgamento dos homens e foi
crucificado injustamente, assim como os gays, travestis, transexuais,
lésbicas, negros, nordestinos", escreveu a internauta Vitória Andrade.
O
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou o papel do Poder
Público para garantir os direitos da população LBGT. “O Poder Público
tem que ir além da tolerância. Tem que defender a tolerância, combater a
intolerância, mas tem que ter um componente social de resgate da
cidadania também”, disse, em entrevista na abertura do evento.
Fonte: O Povo
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