Você já ouviu falar por aí que racismo não existe? Que hoje em dia negros e brancos têm as mesmas chances? Que cor da pele não significa nada? A estudante de antropologia da UnB Lorena Monique
deu início a um projeto bastante provocador e intenso em que prova que o
racismo não só ainda existe, como está presente inclusive no ambiente
acadêmico de uma das maiores universidades brasileiras.
O projeto, intitulado “#ahbrancodaumtempo“, traz fotografias de estudantes negros da UnB que escreveram em um pequeno quadro algumas das frases preconceituosas que já ouviram. Enraizado na sociedade, o racismo muitas vezes é visto como “brincadeira“,
mas a verdade é que se trata de uma agressão, na maioria das vezes
bastante violenta. Entre as frases, enxergar a mulher negra como um
simples objeto exótico e fazer observações referentes à política de
cotas são as mais recorrentes.
“Diariamente estudantes negr@s nas universidades brasileiras sofrem
discriminações veladas que @s estereotipam. Apesar de que na visão de
quem pratica a ação seja “só uma brincadeira”, “uma observação”, “uma
tentativa de ajudar”; Para quem sofre cotidianamente é como repisar uma ferida ainda não cicatrizada.
Espero que as falas expressadas nas imagens sensibilizem, causem
reflexão e deem início à um diálogo no sentido de nos tornarmos pessoas
melhores“, afirma Lorena, que se inspirou no projeto fotográfico “I, too, am Harvard“, que busca dar voz à comunidade negra presente na universidade norte-americana de Harvard.
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