Eduardo Cunha conduz culto evangélico na câmara dos deputados, rasgando a constituição


O atual presidente da Câmara dos deputados promete conduzir um mandato inesquecível. Semana após semana, seus atos no mínimo controversos, para não dizer mais, preenchem as manchetes estendendo o caos administrativo pelos três poderes.
Esta semana, o presidente aprovou mais benefícios aos deputados, como aumento da verba de gabinete de 78 para 92 mil reais e permitir privilégios como passagens aéreas gratuitas para suas esposas (isso mesmo, com o meu, o seu, o nosso pobre dinheirinho que sobra depois de tantas altas de preços e impostos) como visto aqui.
Recentemente, também desarquivou projetos da ala conservadora da bancada, com sua participação na autoria, que contemplam temas como cura gay e dia do orgulho hétero, como também mostrado aqui.
Contudo, o último ato do presidente merece ressalvas porque não se trata simplesmente do abuso de seu poder para se fazer valer reivindicações que propiciem benefício próprio e a imposição de seus princípios pessoais como valores universais sob a forma da lei. A realização de um culto evangélico pelo Eduardo Cunha é mais que isso, é uma atitude deliberada de desrespeito à laicidade do Estado e sobretudo à Constituição. É um afronte à democracia.
O deputado envergonha evangélicos e cristãos, que assim como eu, não compartilham das suas mesmas opiniões preconceituosas, retrógradas e de desrespeito à individualidade do cidadão e acabam recebendo o rótulo de fanáticos religiosos e fundamentalistas devido a representantes como Malafaia, Bolsonaro, Feliciano e agora Cunha.
Saindo do âmbito ideológico e do orgulho ferido e adentrando as esferas da constituição e cidadania, Cunha comete erro gravíssimo passando por cima do símbolo maior da soberania e da democracia nacional, sua constituição.

“Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.”

Não apenas os evangélicos, os homossexuais, os políticos ou qualquer outro tipo de grupo que está sendo lesado, é todo e qualquer cidadão, que está sob o regimento da constituição, cumprindo com suas obrigações civis e contribuindo para a arrecadação do Estado.
Se nem o líder maior do Poder Legislativo, cuja função é criar e fiscalizar o cumprimento das leis, respeita a constituição dentro do próprio Congresso, qual exemplo é dado aos cidadãos? E qual utilidade pública se esperar de leis criadas e aprovadas por uma bancada presidida por alguém que rasga publicamente a Constituição?
Justificando suas próprias palavras de campanha, Eduardo Cunha, comece a trabalhar e honrar sua função e os votos recebidos, ou SAIA.
“Afinal de contas, o nosso povo merece respeito”

visto no Portal Metrópole
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